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O risco, que é real, de comprometer o que já foi feito até aqui

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Poucas vezes, Santa Maria teve um propósito bem definido e um senso de coletividade latente: poder público e sociedade civil trabalham diuturnamente para que o município tenha aberto, e em tempo, leitos do Hospital Regional. Tudo isso, bem verdade, dá-se de forma forçada aos acontecimentos da pandemia da Covid-19 que sobrevoa as nossas cabeças. Mas, vamos dar uma trégua, momentaneamente, a tudo que, no passado, não fora feito pelo complexo hospitalar. Até porque, agora, essa é a pauta número um da cidade.  

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MEDO REAL
Um outro debate, contudo, estabeleceu-se depois que a prefeitura lançou mão de decretos que impõem um isolamento social mais que necessário. A classe empresarial reivindica para si o direito de manter seus negócios em pé e, mais, de seguir empregando colaboradores. Tudo à luz dos argumentos, justo e correto. 

A preocupação é real e não se questiona isso. Acontece que, no caminho disso tudo, o governo do Estado determinou, por meio de decreto, o fechamento do comércio até o dia 15 deste mês. Ou seja, o receio de comerciantes e de lojistas de uma possível quebradeira é, agora, uma certeza.   

EXPECTATIVA
O Ministério da Saúde tem dito que o pico da pandemia se dará no fim deste mês e ainda em maio. Por isso, os esforços dos governos (municipal, estadual e federal) vão no sentido de dar condições, ainda que mínimas, para que os municípios estejam prontos para passar por tudo isso. Há uma corrida contra o tempo para operacionalizar os leitos clínicos e de UTI do Regional.  

Ainda há o Hospital Universitário (Husm), que já recebeu os kits para os 10 leitos de UTI. E, na próxima semana, será retomada a obra da Central de UTI, parada há quase dois anos, e que poderá ofertar a Santa Maria até 50 leitos adicionais.

Então, como se vê, os esforços são reais e envolvem prefeitura, Estado, UFSM e MPF, que é incansável nas questões referentes à saúde de Santa Maria, principalmente quando o tema é Hospital Regional e Central de UTI.  

SEM MIOPIA
Mas o que não se pode é ter um olhar míope e de visão limitada. Tudo, aliás, pode ser colocado por água abaixo com movimentos precipitados e que, porventura, venham ser tomados antes da hora. 

Ou seja, uma eventual flexibilização na abertura do comércio sem ponderar o fato que sequer termos entrado no olho do furacão, pode fazer com que coloquemos a perder todas as medidas, acertadas até aqui. E isso não pode ocorrer. Flexibilizar com parcimônia é possível, sim, ao se avaliar gradativamente o cenário. Porém, ao que parece, isso não será ainda agora.

TABULEIRO ÚNICO 
Somos, neste momento, todos peças de um mesmo tabuleiro bagunçado. Dentro do dicionário do xadrez existe uma expressão utilizada que se chama "forçar a partida" que, de forma bem resumida, é uma estratégia adotada quando se tem a intenção de vencer a partida induzindo o adversário a cometer erros. Acontece que, aqui, o adversário é um só: o coronavírus. Tenhamos sempre isso em mente.

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